O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa regressa ao Cinema São Jorge, de 6 a 12 de Setembro, para uma edição que coloca em destaque o cinema de terror português.
Após uma década de pesquisa e uma construção na programação dedicada às origens e ao futuro do género no cinema nacional, o Motelx será o palco de lançamento do livro ‘O Quarto Perdido do MOTELX — Os Filmes do Terror Português (1911–2006)’.
O conceito deste livro tem mais de 10 anos, nascendo em simultâneo com a secção Quarto Perdido, inaugurada em 2009, na 3ª edição do festival. Com o objetivo de explorar as raízes do género em Portugal e uni-lo com o emergente cinema de terror português, o Motelx contará com a presença do maior produtor nacional de filmes de terror, Paulo Branco, um título que nem o próprio contava possuir, mas que olhando para o seu trabalho, é de facto, inegável, e a ele, será dedicada a secção Quarto Perdido.
Dentro da mesma, onde se falará sobre o percurso cinematográfico do género em Portugal, serão ainda exibidos três filmes produzidos por Paulo Branco:
· ‘Coisa Ruim’ (2006), de Tiago Guedes e Frederico Serra, com argumento de Rodrigo Guedes de Carvalho;
· ‘O Fascínio’ (2003), de José Fonseca e Costa;
· ‘O Convento’ (1995), com Catherine Deneuve e John Malkovich, e realizado por Manoel de Oliveira.
Também em destaque, o Motelx contará este ano com o regresso do mestre de giallo, Dario Argento, com o filme ‘Dark Glasses’, sobre uma jovem acompanhante que, ao fugir de um serial killer, perde a visão após um acidente de viação; ‘Final Cut’, o remake francês do épico One Cut Of The Dead de Shin’ichiro Ueda, por Michel Hazanavicious; ‘Fall’, de Scott Mann, sobre duas amigas que ficam presas no topo de uma torre elétrica com mais de 600 metros; ‘Holy Spider’, de Ali Abbasi, sobre uma jornalista que investiga o submundo da cidade sagrada de Mashhad, no Irão; ‘Huesera’, de Michelle Garza Cervera, sobre uma mulher grávida que é amaldiçoada por um ser sobrenatural; ‘Hunt’, um thriller coreano realizado e protagonizado por Lee Jung-jae, a estrela de Squid Game; ‘Wolfkin’, de Jacques Molitor, sobre um rapaz com um comportamento agressivo agregado a uma natureza sombria que provém da sua família; e ‘Unicorn Wars’, um filme-animação de Alberto Vázquez sobre uma guerra entre um exército de ursos de peluche e unicórnios.
Ainda nos primeiros títulos de longas-metragens anunciados, encontram-se os filmes portugueses:
· ‘Criança Lobo’, de Frederico Serra, sobre a lenda de uma aldeia em que uma jovem camponesa, desesperada por um filho, pediu um desejo a uma criatura da floresta, tornando-se mãe de uma criança-lobo;
· ‘Os Demónios Do Meu Avô’, de Nuno Beato, um filme que mistura animação 2D e stop motion inspirada nas figuras de barro da ceramista Rosa Ramalho.
Continuando em destaque lusitano, com a parceria do Teatro São Luiz, da Casa Bernardo Sassetti e da Escola Superior de Música de Lisboa, será apresentado em cine-concerto o filme, ‘Os Crimes de Diogo Alves’, uma obra de 1911 realizada por João Tavares, que conta a história de um serial killer português que aterrorizou Lisboa entre 1836 e 1839, e que é considerada, o primeiro filme de terror português.
Tornando a página para as curtas-metragens, a competição Prémio MOTELX — Melhor Curta de Terror Portuguesa / Méliès d’Argent, foi este ano renomeada, com o nome e apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Prémio SCML MOTELX — Melhor Curta Portuguesa, na qual estarão 12 filmes em competição, e nas Curtas Internacionais serão exibidas 7 curtas, selecionadas ao detalhe depois dos programadores visionarem centenas de filmes! Adicionalmente, este ano regressa a ‘Secção X’, dedicada a um cinema mais underground e experimental, e o Lobo Mau, para os mais novos, que incluirá um workshop prático de cinema, em que as crianças terão a oportunidade de criar a sua própria história de terror!
Como ‘aquecimento’ para o festival, o Warm-Up, que será nos dias 1, 2 e 3 de Setembro, inclui o já tradicional cinema ao ar livre, com a exibição no Largo Trindade Coelho do filme ‘What We Do In The Shadows’ (2014), de Taka Waititi e Jemaine Clement; a celebração ‘Sinfonia das Trevas — 100 Anos de Nosferatu’, o eterno clássico de terror de 1922; e o filme ‘O Fauno das Montanhas’ (1926), escrito e realizado por Manuel Luís Vieira, um dos realizadores mais importantes da era do cinema mudo em Portugal, e será acompanhado com música ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Este último resulta de uma parceria entre o Motelx e a FILMar, um projeto da Cinemateca Portuguesa e da EEA Grants, que tem como objetivo restaurar e digitalizar cinema relacionado com o mar.
Para mais detalhes, podem observar o programa aqui.
Segue o spot oficial do Motelx 2022, pela agência WYcreative:
Fonte: https://www.motelx.org/